Poesia?
Pedir ao mundo que ouça
Ao menos uma vez
Pedir ao som que toque
Pedir ? luz que aqueça
Como se o pedir fosse o viver
Como se viver fosse o mais que perfeito,
E a morte o pretérito.
Sussurar então ao mundo:
""Shhh... Deixa a criança dormir... Lembra
Que definhamos por ser, e a criança que
dorme não é, apenas brisa.""
Creio por certo, ou por torto.
Deparo-me com a efemeridade,
Aí então deito-me em seus braços e
Lhe peço abrigo.
Eis que me acolho
Na leveza da alma,
No sopro dos ares
Que me aconchegam.
(nossa que lixo! como é que eu fui escrever um troço desses? )
Devaneios
Ter cheiro di aqueu não penso.
Esta entranha relação entre o que se faz e o que se pesa. Mas no fundo são só solidões.
Deito minha vista sobre e durmo. Tomo o café da manhã e só lhe devolvo quando é noite. Mas pode ser que não sei. Ou não pode ser que não.
De mundo cada pouco tem um louco. Mas é mais fácil mentir que sorrir. Dicotomia universal do que é único.
Sejam feitas as suas vontades assim, pois que não existem mais terra e céu. Só o que é.
(Primeira coisa séria desse texto - ou não): Engraçado, é preciso alienar as coisas para que elas tenham algum sentido!
O que é bizarro? Respirar, sentir, ser, pensar, viver, morrer... Quem dizia que esses são os estados naturais das coisas? Provavelmente alguém que já morreu. Bizarro...
Poderia estar bêbado. Mas aí não teria graça...
Pós-Prados
São Paulo me sufoca.
São Foca me Supaulo.
Sanfona-me.
Prados
E assim foi Prados...
Como tudo pode ser tão diferente! Como podem haver realidades tão dicotômicas num mesmo país? De um lado, a megalópole, os dragões que empestam o ar, a tensão da não-vida, o medo da própria, a miséria exstencial estampada em cada rosto. De outro, a tranquilidade, o gosto por pequenos prazeres, a quase resignação com o marasmo, mas mesmo esse tão mais intenso que a maior das noites paulistas...
A saudade já aperta antes mesmo de sair de lá. E parece que ainda existe um elo entre nós, neo-pradenses de coração. Senti tanto isso ontem ? noite... Mas não posso dizer se isso vai durar. Pode ser que o dia de amanhã me mostre um abismo que tenho medo de enxergar.
Deixei para ti tudo o que restou de mim.
Mas nem a ti reconheço mais.
Acho que me perdi, e não sei mais se me encontro. Mas não desisto fácil.
Pensar é conseqüência do desejo de ser humano...